VACINA MENINGITE B
O que previne: Meningites e infecções generalizadas (doenças meningocócicas) causadas pela bactéria meningococo do tipo B.
Do que é feita: Trata-se de vacina inativada, portanto, não causadora de infecção. É composta por quatro proteínas subcapsulares do meningococo B, hidróxido de alumínio, cloreto de sódio, histidina, sacarose e água para injeção. Podem existir traços de canamicina, antibiótico usado no processo de cultivo da bactéria vacinal, para evitar contaminação.
Indicação: Para crianças e adolescentes, conforme recomendações das sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e Imunizações (SBIm). Para adultos com até 50 anos, dependendo de risco epidemiológico. Para viajantes com destino às regiões onde há risco aumentado da doença.
Contraindicações: Pessoas que tiveram anafilaxia após uso de algum componente da vacina ou após dose anterior.
Esquema de doses: As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam o uso rotineiro de quatro doses da vacina meningocócica B aos 3, 5 e 7 meses de vida e entre 12 e 15 meses.
Para adolescentes não vacinados antes, a SBP e a SBIm recomendam duas doses com intervalo de um mês. Para adultos com até 50 anos, em situações que justifiquem: duas doses com intervalo de um mês. Para crianças mais velhas que não foram vacinadas o esquema de doses varia conforme a faixa etária:
Faixa etária de início da vacinação: 2 a 5 meses. Número de doses do esquema primário – Três doses. Intervalo entre doses – Dois meses. Reforço – Uma dose entre 12 e 15 meses.
Faixa etária de início da vacinação: 6 a 11 meses. Número de doses do esquema primário – Duas doses. Intervalo entre doses – Dois meses. Reforço – Uma dose no segundo ano de vida, com intervalo de pelo menos dois meses.
Faixa etária de início da vacinação: 12 meses a 10 anos. Número de doses do esquema primário – Duas doses. Intervalo entre doses – Dois meses. Reforço – Não foi estabelecida a necessidade de reforços.
Faixa etária de início da vacinação: A partir de 11 anos. Número de doses do esquema primário – Duas doses. Intervalo entre doses – Um mês. Reforço – Não foi estabelecida a necessidade de reforços.
Via de aplicação: Intramuscular.
Cuidados antes, durante e após a vacinação: A administração de paracetamol antes ou logo após a vacinação pode reduzir o risco de febre e não interfere na resposta imune à vacina.
Não são necessários outros cuidados especiais antes da vacinação. Em caso de febre, deve-se adiar a vacinação até que ocorra a melhora. Compressas frias aliviam a reação no local da aplicação.
Qualquer sintoma grave e/ou inesperado após a vacinação deve ser notificado ao serviço que a realizou.
Sintomas de eventos adversos persistentes, que se prolongam por mais de 24 a 72 horas (dependendo do sintoma), devem ser investigados para verificação de outras causas.
Efeitos e eventos adversos: Em crianças menores de 2 anos, febre alta com duração de 24 a 28 horas pode ocorrer em mais de 10% dos vacinados. Quando a vacina é aplicada junto com a tríplice bacteriana acelular, pneumocócica conjugada, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, esse percentual aumenta para 69% a 79%. Por isso é preferível não aplicá-las no mesmo dia.
Em crianças até 10 anos, em mais de 10% dos vacinados acontecem: perda de apetite; sonolência; choro persistente; irritabilidade; diarreia; vômitos; erupções na pele; sensibilidade no local da aplicação e ao movimentar o membro onde foi aplicada a vacina; reações locais (dor, calor, vermelhidão, inchaço). Em 0,01% a 0,1% ocorrem urticária e outras reações alérgicas. Até o momento não foi observada anafilaxia.
Em mais de 10% dos vacinados com mais de 11 anos ocorre cefaleia; náuseas; dor nos músculos e articulações; mal-estar e reações locais, como inchaço, endurecimento, vermelhidão e dor. A dor pode ser muito intensa, atrapalhando a realização das atividades cotidianas. Não é conhecido o risco para anafilaxia, e reações alérgicas graves não foram verificadas durante os estudos com a vacina.
Onde pode ser encontrada: Clínicas privadas de vacinação.
Resultados da vacinação: Em 2014 ocorreram surtos de meningite meningocócica B em universidades americanas. A vacinação de bloqueio dos estudantes conseguiu controlar tais surtos.
Fonte: SBIm